Menina Curiosa

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Eu sou a Velha Menina. O meu cabelo é uma teia de aranha com gotas de orvalho...

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Quinta-feira, 19 de Julho de 2007

Porque não acredito em psicólogos, psiquiatras e outros que tais...

Foto tirada da Internet

Acredito que, salvo casos extremos, as pessoas têm em si a capacidade de se regenerarem dos contratempos que a vida lhes vai apresentando.

 

No entanto, uma classe de pálidos e gananciosos Freudianos  discípulos, conseguiu convencer as pessoas de que necessitam de várias sessões (muito bem pagas) de divã ou sofá, para estarem habilitadas a seguir com as suas existências.

  •  A criança é hiperactiva, tem de ir ao psicólogo/psiquiatra. Pois, a questão é que crianças são isso mesmo: crianças. Necessitam de correr, pular, esfolar os joelhos para libertar energia. As actuais tele-sofá-dependentes criancinhas, após horas estáticas, naturalmente ficam...hiperactivas. É mais uma questão de jardins, parques e disponibilidade dos já estafados Pais.
  • A criança tem más notas, tem de ir ao psicólogo/psiquiatra. E que tal se estudassem mais? E se os professores pudessem ensinar mais? E se os livros escolares não fossem na sua maioria, uns perfeitos tratados de confusão e idiotice com erros ortográficos à mistura?
  • Um casal separa-se de uma relação já desgastada e acabada, têm ( os dois mais toda a prole que até já cresceu e saiu de casa ) de ir a correr ao psicólogo/psiquiatra para recuperar a auto-estima. Como se fosse obrigação, como se a maioria das pessoas depois do luto não acordassem para a Vida.
  • Um/a colega de trabalho anda enervado e implicativo, está com um ar ausente e por vezes parece transmitir a ansiedade pelas saídas do ar-condicionado. Psicólogo/psiquiatra com ele! O coitado apenas está a deixar de fumar...tarefa dura e que, ao que consta, requer toda a energia disponível do pobre viciado.
  • etc.,etc.,etc.

Foto tirada da Internet

 

Vem isto a propósito da história da separação de um casal que, atravessando as normais crises e quezílias das relações a dois, mantinham um casamento de muitos anos, aparentemente estável para eles e para os filhos. Sem problemas económicos, de saúde, nem com os filhos.

Acontece que o cavalheiro andava muito stressado (o que é normal em quadros de empresas) e aconselharam-no a ir ao psicólogo ou até ao psiquiatra, que sempre lhe receitava umas coisitas para dormir (era melhor que fosse ao ginásio ou fazer uma hora de jogging, mas enfim...).

 

Passado algum tempo e muitos euros de consultas, um belo dia, o cavalheiro anunciou a uma espantada esposa que o psiquiatra o tinha ajudado a encontrar a solução para  a sua ansiedade: divorciar-se!

Foto tirada da Internet

A senhora, filhos, amigos e restante família ficaram em estado de choque. Nada fazia prever esse desfecho, não havia "outra", nem o casal vivía em estado de sítio...

 

Até os colegas de trabalho ficaram estupefactos. Amigos dele de longa data também foram apanhados pela notícia, e até confessaram que secretamente invejavam a estabilidade emocional que parecia existir na sua vida privada.

 

O psiquiatra tinha mostrado ao cavalheiro o que a esposa realmente era, como o maltratava por não lhe ajeitar a almofada antes de se deitar, como ele se esforçava por se lembrar do aniversário dela e ia a correr comprar uma prenda no primeiro centro comercial enquanto ela planeava com dias de antecedência quando o aniversário era o dele, como ela gostava de sexo ao menos uma vez por semana e o infeliz apenas queria...quando queria.

 

Portanto, e como a esposa ainda tinha a distinta "lata" de lhe pedir que ligasse a máquina da loiça quando ela chegava tarde do trabalho ou que fosse buscar a filharada à escola quando surgiam assuntos importantes no emprego dela...por estes crimes dela, segundo o psiquiatra, o remédio era o divórcio!

 

Imagem tirada da Internet

 

E seguindo tão sábio conselho, o senhor assim fez. 

 

Resultado: Os filhos, de revoltados, não querem estar com ele, e o rendimento escolar baixou ao ponto de pôr em risco o ano lectvo de um e a entrada na faculdade do outro. A esposa, vendo perdida uma família em que tinha investido longos anos, entrou em depressão profunda e está incapaz de trabalhar ( mais uma cliente para o gang dos psicólogos/psiquiatras). Falta o dinheiro, o antigo lar de família está um caos.

 

E o stressado e apressado divorciante?

Passada a euforia da "libertação", noitadas e copos, a ansiedade voltou mais forte, tinha saudades da "criminosa" e dos filhos, cada vez dormia menos, mas não podia dar o braço a torcer. Quem o torceu foi a empresa onde trabalhava, que na primeira restruturação lhe arranjou um lugar no desemprego pelo fraco desempenho que vinha a mostrar.

Agora vive com os pais por não ter meios de subsistência.

 

Psicólogos e psiquiatras têm agora mais potenciais clientes (quando a desfeita família puder pagar as consultas...).

 

Consta que Freud está aos pulos no túmulo!


 

 

 

  

 




música: I'm going slightly mad - Queen
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publicado por A Velha Menina às 01:45

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De david a 19 de Fevereiro de 2008 às 11:49
Cara amiga....
Partilho de algumas de suas ideias, no entanto, não sou generalista. Continuo a recorrer ao Médico sempre que doente, embora enquanto criança uma dessas idas não tenha tido o desfecho devido, continuando ainda hoje com sequelas. Embora ja tenha tido uma intoxicação alimentar, continuo a comer e a frequentar restaurantes.
Em todos os serviços, em todas as áreas se encontram bons e maus profissionais, infelizmente, mais maus que bons mas isso são outros quinhentos.
Apenas quero alertar a cara colega, que sim, muitas vezes são as próprias pessoas que se auto-ajudam e que ultrapassam as suas dificuldades, necessitando apenas de orientação.
Acredite que lamento a sua situação, que infelizmente nao é única, contudo, conheço bastantes "finais felizes". Participei em alguns.
De qualquer forma, se a sua descrença continuar, pense em tudo o que lhe correu mal, e abdique delas. Talvez consiga sair de casa pelo menos 2 vezes por ano.


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